Interdisciplinaridade Sartreana

A INTERDISCIPLINARIDADE DO “SER” DE SARTRE

O que importa não é o que fazem conosco, mas o que fazemos com o que fazem conosco.
Jean-Paul Sartre

1 INTRODUÇÃO Sartre é um pensador que tem uma estatura própria e que consegue de fato na crise entre as duas guerras, refletir sobre a condição humana, sobre a existência humana buscando para ela uma perspectiva de sentido em meio a essa crise brutal que se abateu sobre a Europa e de que o existencialismo foi talvez um dos principais testemunhos. As teses do existencialismo encontraram uma relevância particular durante a segunda guerra mundial quando a Europa se encontrou ameaçada tanto pela destruição material como espiritual e o otimismo da inspiração romântica parecia muito distante. Essas teses tal qual as conhecemos foram difundidas e popularizadas pelos escritores franceses Albert Camus, Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir, nas décadas de 40 e 50 e tiveram enorme influência nos anos seguintes.

2 O SER ENQUANTO SER DE SARTRE

Sartre é um profundo defensor da vida. Defende que a condição de nos engajar e mudar a situação atual é a liberdade. O homem sempre será responsável pelo o que ele é, e não apenas de modo individual, mas também responsável por todos os homens, pois se renovando, renova a humanidade.
De que vale ficarmos no quietismo? Sua filosofia nos mostra que não vale de nada, ficar no quietismo, deixar-se coisificar, ser produto do meio, para Sartre isso não passa de covardes, é ter má-fé.
Nós estamos habituados a definir a época moderna pelo humanismo e o que nós queremos dizer com isso é que à partir de um certo momento que é precisamente o século XVII se nós adotarmos uma dessas convenções de divisão de períodos históricos a civilização passou a se pautar por um outro eixo que nós podemos designar como sendo a hegemonia do homem.
O existencialismo ateu que eu represento é mais coerente. Ele declara que mesmo que Deus não