Entre os muros da escola - resenha
Entre os muros da escola mostra uma realidade de uma escola na periferia da França com suas particularidades e diferenças entre os alunos; e os ideais dos professores. Mostra a relação de força entre professor e aluno e o ”descaso” pelo social dos alunos ao decorrer do filme.
O que mais chama atenção é o conselho de classe que na sua função seria para debate a fim de ajudar os alunos ter uma melhora na sua aprendizagem e como vai o andamento desse processo de aprendizagem, mas quando se assiste ao filme percebe-se que o conselho de classe perdeu essa função. Ganha-se, então, a função de vigiar e punir os alunos, como é mostrado o método de punição por notas e o reforço positivo através também das notas para um “melhor” comportamento, ou seja, para restaurar a ordem seria necessário um método punitivo ao invés de uma conversa com os alunos e um melhor entendimento sócio-cultural do aluno. O mais chamativo é que os professores não acharam “estranho” tal demanda de punição, nenhum professor teve uma posição mais libertaria, mas pelo contrario houve uma sugestão ainda pior de um reforço positivo junto ao negativo. A autoridade do professor e da escola de concordar com tal demanda sem ao menos verificar com os alunos, mesmo sendo dito que seria feito com os pais. A falta de comunicação entre professor e pais por eles serem em sua maioria de outros países e até dos próprios alunos que não falam fluente a língua francesa causam uma dificuldade para o professor manter a comunicação, mas o descaso do professor pelo sócio-cultural dos alunos é bem forte ao decorrer do filme mesmo sendo mascarado pelos métodos dos alunos escreverem seu próprio auto-retrato. Ação do professor foi bem punitiva e de vigilância para com os alunos, por isso, o “descaso” por parte dos alunos, abrangendo tanto o behaviorismo disfarçado por alguns métodos já citados.
O filme, então, parte de uma