Ensino médio - a origem dos seres vivos
Introdução
Ao longo dos séculos, várias hipóteses foram formuladas por filósofos e cientistas na tentativa de explicar como teria surgido a vida em nosso planeta. Até o século XIX, imaginava-se que os seres vivos poderiam surgir não só a partir do cruzamento entre si, mas também a partir da matéria bruta, de uma forma espontânea. Essa ideia, proposta há mais de 2 000 anos por Aristóteles, era conhecida pôr geração espontânea ou abiogênese. Os defensores dessa hipótese supunham que determinados materiais brutos conteriam um "princípio ativo", isto é, uma "força" capaz de comandar uma série de reações que culminariam com a súbita transformação do material inanimado em seres vivos.
Abiogênese x Biogênese
Em textos literários antigos, encontramos citações sobre a origem de sapos a partir da lama. Essa noção, de que os seres vivos surgem a partir da matéria inanimada, perdurou desde a Antiguidade até o século XIX e ficou conhecida como teoria da geração espontânea ou abiogênese (do grego a = prefixo de negação; bio = vida; génesis = origem). Uma longa discussão entre diversos pesquisadores ocorreu nesse período, até que a atualmente aceita teoria da biogênese fosse aceita. Segundo essa teoria, um ser vivo só surge a partir de outro ser vivo preexistente. Desde a visão aristotélica da abiogênese, muitos experimentos foram feitos, gerando divergências entre as opiniões dos cientistas. Entre elas, estão os experimentos de Francesco Redi (1626-1697), Needham (1713-1781), Spallanzani (1729-1799) e de Louis Pasteur (1822-1895).
Os Experimentos de Redi
Em 1668, Francesco Redi (1626 -1697) investigou a suposta origem de vermes em corpos em decomposição. Ele observou que moscas são atraídas pelos corpos em decomposição e neles colocam seus ovos. Desse ovos surgem as larvas, que se transformam em moscas adultas. Como as larvas são vermiformes, os “vermes” que ocorrem nos cadáveres em decomposição nada mais seriam que larvas de moscas. Redi concluiu,