Ensino fundamental (romualdo portela e teresa adrião)
De acordo com o pesquisador, apesar do acesso mais amplo, a desigualdade e a exclusão permanecem. "O ensino fundamental não deixou de ser uma etapa produtora de desigualdade educativa. Os discriminados de ontem continuam a ser os discriminados de hoje. Mas a desigualdade existente hoje nãSegundo os dados apresentados no estudo, em 1965 as séries que hoje compõem o ensino fundamental tinham 11,6 milhões de matrículas, passando para 15,9 milhões em 1970. No período militar (1965-1985), as matrículas aumentaram 113,8%, com um crescimento médio de 3,9% ao ano. No período posterior (1985-1999), o crescimento total foi de 45,6%, com média de 3,3% ao ano.
"Foi nesse segundo período, por volta de 1990, que o número de alunos matriculados atingiu 100% da matrícula bruta, ou seja, o sistema alcançou a capacidade potencial de atendimento aos alunos na faixa etária", disse Portela, explicando que a taxa de matrícula bruta indica a capacidade de atendimento do sistema, ao passo que a taxa de matrícula líquida se refere ao grau de atendimento dentro da faixa etária ideal.
No período de 1975 a 2002, o número de matriculados no ensino fundamental no país cresceu 71,5%, passando de 19,5 milhões para 33,5 milhões, atingindo a marca de 36 milhões em 1999. Em 1975, segundo o IBGE, a população de 7 a 14 anos era de 21,7 milhões e, em 2003, de 28,3 milhões. A população dessa faixa etária cresceu 24,4%, aproximadamente um terço do aumento no atendimento escolar. Isso indica que houve uma maior absorção das crianças e adolescentes nessa etapa da educação básica.
De acordo com Portela, apesar de ainda distante do ideal, o processo de expansão do ensino se fez sentir a partir da década de