Ensino Fundamental De 9 Anos
5º Semestre
DISCIPLINA: Metodologia e Organização do Ensino Fundamental
ATPS: Ensino Fundamental de Nove Anos
09 de Abril, 2015
A palavra “criança” etimologicamente vem do latim creare, “produzir, erguer”, relacionado a "crescere", “crescer, aumentar”, do Indo-Europeu ker-, “crescer”. Do mesmo radical deriva "criação" e "criatividade". A concepção de definição de criança se modificou no decorrer do tempo de acordo com parâmetros ideológicos. Na Idade Média, a criança era vista como um pequeno adulto, sem características que a diferenciassem, e desconsiderada como alguém merecedor de cuidados especiais. A partir do século XVII até o XVIII, predomina a noção de uma inocência infantil que precisava ser preservada e a educação tornou-se uma preocupação constante das famílias, dos homens da lei e dos educadores. No entanto, cabe ressaltar que este sentimento moderno em relação à infância estava começando. Foram necessários ainda muitos anos para que ele se desenvolvesse. No século XVII, ainda considerava-se a criança como um estorvo para os pais. Essa posição teve origem no pensamento de santo Agostinho, para o qual a infância não tem nenhum valor e é o indício da corrupção dos adultos. A infância é uma época em que predomina a maldade da criança, antes de qualquer adestramento educativo e moral. Nesse sentido, cabe aos pais adotarem uma atitude rigorosa com seus filhos. Gradativamente, esse sentimento modifica-se a partir do séc. XVIII, Jean-Jacques Rousseau é um dos representantes desse momento. Ele irá colocar o sentimento no centro de sua visão do homem. Ao contrário de santo Agostinho, ele acreditava na bondade natural do homem. Para Rousseau, “não há perversidade original no coração humano”. A criança nasce inocente, pura, e tem maneiras de pensar e sentir que são próprias à sua idade. Ele postulava que a educação da criança visava o desenvolvimento de suas potencialidades