Ensino da biologia para surdos
A história da educação de surdos no mundo teve início em meados do século XVI, quando Girolamo Cardamo concluiu em suas pesquisas com surdos espanhóis, que a surdez não era um fator danoso à aprendizagem. A partir dali foram propostos diferentes métodos para a educação de surdos, contudo essa educação não era acessível aos de baixo poder aquisitivo, tampouco aos considerados pela sociedade como vagabundos (SILVA, 2006).
Dois séculos depois, sob a liderança do Abade de L’Epée na antiga França, nasce a primeira instituição pública destinada à educação de surdos, difundindo-se para outros países europeus e mais tarde para os Estados Unidos (LULKIN, 2005). Em 1864, surge a Universidade Gallaudet, a primeira escola superior para Surdos (GOLDFELD, 2002).
Em meados do século XVIII a Língua de Sinais, bem como as demais manifestações de comunicação não-orais (dramatizações, artes) foram recriminadas e reprimidas (LODI, 2005).
Entre os séculos XVIII e XIX os biomédicos se dedicaram ao tratamento da surdez como uma patologia que precisava ser curada. Além da higiene e da dieta, foram introduzidos exercícios físicos e aulas de canto visando um possível tratamento (LULKIN, 2005).
Segundo Lulkin (2005), um marco histórico na educação de surdos foi o Congresso Internacional de Educadores de Surdos em Milão realizado em 1880, contando com apenas um representante surdo. Tinha como objetivo discutir e analisar as propostas pedagógicas para este ensino. Ao final das discussões os congressistas decidiram que a melhor forma de educar os surdos era proibir o uso da língua de sinais e adotar um método oralista, que propunha a fala e a leitura labial. Para tanto os alunos surdos passaram a ser obrigados a sentar sobre suas mãos, os profissionais surdos foram demitidos e as janelas das portas foram retiradas, com intuito de erradicar a língua de sinais do ambiente escolar.
Em 1857 surge o Instituto Nacional de Educação de Surdos no