Trabalho de conclusão de curso - biologia - fordoc.
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Quando se pretende uma educação inclusiva em Biologia voltada aos alunos surdos, se faz necessário um repensar de práticas e estratégias de ensino que atendam às necessidades destes alunos. Práticas educativas que lhes permitam a expressão dos seus pensamentos acerca da Biologia. Em seu planejamento, o docente deve antecipar as dificuldades a serem enfrentadas em sala de aula pelos alunos surdos e promover um ambiente – não apenas acolhedor – mas facilitador da compreensão dos conceitos que pretende ensinar. O professor deve também antecipar limitações impostas pela natureza do próprio conteúdo e caráter do desenvolvimento cognitivo dos alunos surdos ou não. Skliar (2005, p. 29, grifo nosso) alega que a educação dos alunos surdos se trata de:
[...] um território de investigação e de proposições políticas que, através de um conjunto de concepções linguísticas, culturais, comunitárias e de identidades, definem uma particular aproximação –e não uma apropriação – com o conhecimento e com os discursos sobre a surdez e sobre o mundo dos surdos.
Para representar as terminologias biológicas podem ser usados classificadores, que estão vinculadas às ações que se pretende demonstrar e mesmo soletrar em Libras a ‘palavra nova’. Quando tratada da perspectiva do ensino de Biologia, os sinais são simplificações que, nem sempre, podem de fato representar o conceito ensinado e suas correlações com outros conceitos. Já que muitos dos sinais são literalmente “os mesmos”, por exemplo, as palavras VIDA, VIVER, VIVO, VIVE, SER VIVO, etc. têm o mesmo classificador. Entretanto, estes aspectos dos classificadores podem ser solucionados a partir da habilidade em sua contextualização e mesmo de como inseri-los no plano da aula e na aula. De outro lado, essa possibilidade de compreensão destes conceitos também depende de quais relações os alunos surdos podem fazer com suas vivências anteriores e suas capacidades de relacioná-las as novas aprendizagens e seus contextos. Faltam mesmo