Ensinar uma especificidade humana
CAPÍTULO III – ENSINAR É UMA ESPECIFICIDADE HUMANA
“É a segurança que se expressa na firmeza com quem atua, com que decide, com que respeita as liberdades, com que discute suas próprias posições, com que aceita rever-se.”
Paulo Freire
Quando se fala em competência profissional, estamos também falando de como o educador se porta como tal, se ele se valoriza, e principalmente se ele se mantém sempre atualizado e estudioso para que assim possa sempre ter o respeito de seus alunos, já que um professor que não sabe exercer sua função ou não tem pleno domínio do conteúdo acaba ficando um pouco desmoralizado com a sua turma. O professor precisa saber usar a sua autoridade em sala de aula com sabedoria. Conseguir dos alunos respeito e não medo. A melhor forma de se obter esse feito é justamente sabendo que o aluno é um ser que está sempre em constante construção de seu saber, mas que nem por isso deve ser desmerecido. Um professor deve ser generoso, sabendo reconhecer as qualidades de seus alunos e valorizar seus feitos. Mas para que esse mecanismo funcione perfeitamente é necessário que o poder público também saiba valorizar o profissional da educação para que o mesmo seja capaz de cumprir com suas obrigações educativas, mas que também seja respeitado e valorizado pela execução das mesmas.
Para que ocorra um ensino de qualidade, é preciso o comprometimento dos professores, dos pais e dos alunos. Educar um aluno é muito mais que treinar e depositar conhecimentos para a sua formação, necessitamos de ética e coerência e estas precisam estar vivas e presentes em nossa prática educativa, pois isso faz parte de nossa responsabilidade como agentes pedagógicos. É preciso ter esperança e otimismo necessários para mudanças e nunca se acomodar. O professor precisa estar disposto a ouvir, a dialogar, a fazer de suas aulas momentos de liberdade para falar, debater e ser aberto para compreender as opiniões de seus alunos. É