Ensaio sobre o entendimento humano
ENSAIO SOBRE O ENTENDIMENTO HUMANO
Locke em seu livro Ensaio sobre o entendimento humano faz uma crítica forte contra o inatismo; para ele não há princípios inatos na mente que a maneira que adquirimos conhecimento é uma prova de que não é inato. O iniciador do inatismo moderno foi Descartes,segundo ele, o entendimento comporta princípios inatos e que esses princípios é um consentimento universal dos homens. Mas para Locke isso seria um argumento falso, porque o homem pode adquirir todo conhecimento sem a ajuda de impressões inatas, e, podem atingir certeza sem nenhum princípios originais; e que esse argumento de consentimento universal não prova o inatismo. As ideias inatas não são impressas na mente, porque não são conhecidas por crianças nem por loucos, se eles não percebem então essas impressões não existe. Para Locke a capacidade é inata, mas o conhecimento é adquirido. Para os inatas, há verdades impressas no entendimento que são percebidas, eles usam a razão para querer prová-la, porque o exercício da razão auxilia na descoberta desses princípios tornando-os conhecidos. Mas Locke refuta esse argumento dizendo que se a razão descobre, não é uma prova de que são inatas, sendo que é falso que a razão descobre, porque a razão é a faculdade de deduzir verdades desconhecidas de princípios, se a razão revela ao homem o que antes conhecia então não pode ser pensado inato. Locke argumenta que as demonstrações matemáticas e outras verdades não são inatas, porque uma tem necessidade da razão do uso de provas, para demonstrá-la e receber nosso consentimento; a outra é entendida sem o menor raciocínio, compreendida e resolvida. A máxima, “os homens sabem e concordam com as máximas, quando chega ao uso da razão”, Locke refutar dizendo que a posse da razão não