engenheiro
A história das sociedades carrega consigo todo um processo continuo de desenvolvimento da educação. Assim, o ser humano busca atender as necessidades básicas como: alimenta-se, vesti-se, brincar amar, por exemplo, estabelecendo relações sócias com seus pares, de modo que, nesse processo, aprende com os outros, assim como ensina. (...) (pg.91)
Mas a educação entendida como formal e erudita bem como voltada á objetividade e á racionalidade, conforme a temos hoje, nem sempre foi algo tão democrático como se possa imaginar. (...)
Na Idade Média, a educação era privilégio da nobreza e do clero, enquanto os servos não tinham direito a ela. Dessa forma, era mais fácil para a classe dominante controlar a maioria, principalmente porque era negado o conhecimento.
Neste período, a principal forma de educação estava voltada para a religião, de modo que a maioria da população vivia nos feudos, e o trabalho na terra era foco central dela, tudo isso sob o prisma religioso (...). (pg.92)
Mesmo com o fim do feudalismo, a educação oficial e, portanto erudita continuou sendo privilegio de poucos, uma vez que a burguesia passou ter seus privilégios, enquanto a maioria dos trabalhadores não uma educação de qualidade. A escola se volta a preparar o individuo para as necessidades da indústria, o que significava muito mais treinar do que promover uma educação serviço da emancipação. (pg.93)
Diante desta realidade, percebe-se que ainda uma educação tipicamente voltada para a manutenção de uma sociedade de classes, de modo que o conhecimento científico passa a ser privilégio de poucos. Com isso, as relações sociais são extremamente complexas, desiguais e injustas, de forma que aquele que possui algum tipo de saber técnico-científico passa a ter o poder sobre a maioria.
Temos, portanto, que a educação na sociedade não é algo tão perfeito e voltado exatamente para os interesses da maioria, pelo menos no que diz respeito à educação