Engenheiro
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Os engenheiros não viram mais suco
Durante os anos de estagnação da economia, os engenheiros foram relegados a segundo plano. Agora, que voltaram a ser protagonistas do desenvolvimento, as empresas têm de caçá-los. E a situação pode piorar
Eduardo Monteiro
ESTUDO E TRABALHO Daniel Debatin (à esq.) e seus colegas, alunos de engenharia naval, já atuam no Estaleiro Ilha, no Rio de Janeiro: as empresas buscam talentos nas faculdades
Por Juliana Borges e Renata Agostini | 31.03.2010 | 11h57
Desde 2007, o engenheiro civil paulista Carlos Alberto Gaspar, de 31 anos, já morou em quatro cidades, uma em cada canto do Brasil: São José do Rio Preto, em São Paulo, Telêmaco Borba, no Paraná, Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, e Floresta, em Pernambuco. Na cidade pernambucana há um ano e meio, ele planeja atividades da construtora Encalso num dos lotes das obras de transposição do rio São Francisco. "Tudo tem acontecido muito rápido", diz Gaspar, formado na Universidade Federal de São Carlos, no interior paulista, em 2002. "Mal tenho tempo de me adaptar a uma cidade e já recebo uma nova proposta de emprego." Para quem se lembra da época em que o destino de muitos engenheiros recém-formados era ingressar no mercado financeiro ou partir para a
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14/04/2010
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montagem de uma lanchonete e "virar suco", a história de Gaspar impressiona. Aquele tempo, nos anos 80, nunca pareceu tão longínquo. A expansão da economia e dos investimentos em infraestrutura multiplicou a demanda por engenheiros a tal ponto que hoje quase ninguém duvida que o Brasil enfrenta o problema oposto - um déficit desses profissionais. A questão agora é encontrar um caminho para sanar essa lacuna o mais rapidamente possível. Afinal, se a deman da por