Engenheiro
1) De acordo com a política macroeconômica, parte do déficit na balança comercial se deve a uma taxa de câmbio “fora do lugar”? Explique.
Atualmente, o Real enfrenta certa valorização em relação ao dólar. Com a taxa de câmbio apreciada, os preços da indústria nacional no mercado global tornam-se caros, reduzindo consideravelmente a competitividade da indústria no mercado externo.
Uma vez que a oferta de produtos é ampla, os compradores concentram suas aquisições dos países com melhor custo/benefício, deixando a indústria brasileira – na maioria das vezes – como segunda opção, resultando em déficit na balança comercial.
Para sanar tal problema, uma opção seria melhorar a produtividade da indústria brasileira e, por consequência, reduzir seu preço no mercado global. Tal ação surtiria efeito mesmo sob uma taxa de câmbio valorizada. Dentre os fatores que retardam o ganho de produtividades, poderíamos citar: burocracia elevada, grande intervencionismo governamental, barreiras à importação de produtos (e alguns casos, até de tecnologia – como na indústria de equipamentos hospitalares) e etc.
2) Além da taxa de câmbio, a taxa de juros também estaria em patamares acima do necessário para estimular o investimento? Que outros fatores afetam o investimento?
A taxa de juros elevada reduz o incentivo ao investimento industrial. Diante de uma taxa de juros elevada, o investidor pode optar por realizar aplicações financeiras, desprestigiando a indústria, que desabastecida de recursos não pode investir em tecnologia, reduzindo sua produtividade e – por consequência – a competitividade no cenário externo.
Outros fatores que afetam o investimento são: confiança do investidor, redução do crédito, expectativa de ganhos futuros e etc.
Com baixa confiança no mercado, o investidor adia investimentos aguardando uma definição mais clara do cenário macroeconômico. Dentre os fatores que podem afetar a confiança do investidor é a questão