Resenha Crítica - Ágora (Alexandria)
Comunicação Social – Publicidade e Propaganda – 2ª fase
Data: 09 de Setembro de 2014 Acadêmico: Galeno de Melo
Resenha Crítica – Ágora (Alexandria)
O filme é ambientado na cidade de Alexandria, no Egito, se passando em meados de 400 D.C. Conta a história de Hipátia, filósofa e professora de astronomia e matemática. A história da filósofa é concebida em um cenário conturbado de brigas entre pagãos e cristãos. O cristianismo e o judaísmo foram oficialmente tolerados pelo império romano, não sofrendo mais perseguições por parte dos governantes. Hipátia ensinava à seus alunos conceitos que eram aceitos na época, como o geocentrismo e o funcionamentos da gravidade, sempre instigando seus aprendizes a questionar o que acreditavam. Entre seus alunos, havia Orestes e Davus que a amavam, sendo Davus escravo de Hipátia, além de alguns outros adeptos do cristianismo, como Sinésio.
A filósofa teve a rara oportunidade de permanecer solteira, tendo liberdade para estudar livremente, já que seu pai, Théon, era diretor da Biblioteca de Alexandria, onde jazia grande parte do conhecimento humano. Aparentava ter uma postura à favor da igualdade, apesar de ter escravos e pertencer a classe nobre, porém não maltratava seus subordinados e os tratava como iguais. Grande parte do enredo se dá em torno dos questionamentos da época, principalmente a curiosidade da filósofa em relação ao movimento do universo, interessada na movimentação da Terra em torno Sol. Hipátia deixa Davus, seu escravo, explanar sobre o modelo geocêntrico de Ptolomeu através de uma maquete de madeira que ilustra bem o pensamento do cientista. Entretanto, Orestes levanta um questionamento em cima da teoria apresentada, dizendo que tudo poderia ser feito de maneira mais simples, iniciando uma discussão com Sinésio, adepto ortodoxo do cristianismo, que afirma que as obras divinas não devem ser questionadas, dando uma prévia do que viria no restante do