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Resenha crítica – Filme Alexandria
O filme Ágora ou Alexandria como foi traduzido, conta a história de Hipátia. Ela era uma filósofa e professora em Alexandria, ensinava matemática e astronomia, entre os anos de 355 e 415 depois de cristo. No filme ela é a única mulher atuante, deixando assim ele como total enfoque, o que em minha opinião achei válido, já que sabemos que naquela época as mulheres tinham o mínimo possível de papel participante na sociedade, e mesmo na sociedade atual ainda existe esse preconceito absurdo.
Na sala em que ela lecionava, dentre todos os seus discípulos havia Orestes, que era apaixonado por Hipátia, ele tenta conquista-la de todas as formas, porém sem nenhum sucesso pois a mesma não quer se dedicar para o amor, ela deixa bem claro ao decorrer do filme que não era uma mulher a ser conquistada, ela não teria tempo para se dedicar a atos tão “mundanos “. Havia também na trama Davus que era o seu escravo, ele também era apaixonado por Hipátia, mas ela logicamente não sabia desse amor. Dentre os acontecimentos iniciais achei a parte que Hipátia entrega o lenço para Orestes com o “seu sangue” muito forçada, já que pesquisando a sua história não encontrei relatos de que ela realmente tenha feito isso.
A diversidade entre as religiões dentro de uma mesma cidade é o foco principal do filme, o cristianismo que a pouco não era uma religião aceita, agora se torna uma força maior e inverte o “jogo”, de intolerados eles passam a ser intolerantes, com quem não é cristão. A questão é que dentro de Alexandria havia mais 2 outras religiões, judaísmo e cultura greco-romana. Depois de vários enfrentamentos os cristãos conseguem invadir a cidade e destroem a biblioteca, que era um templo para os estudiosos. A percepção que tive ao longo de todo o filme é que a religião cristã não tinha um contesto filosófico como as outras duas tinham.
Orestes agora se torna prefeito e aceita o cristianismo como sua