Engenheiro
Sandro Mauro de Carvalho2
Eduardo Albertin3
Marcelo Camargo Severo de Macedo4
José Daniel Biasoli de Mello5
Cherlio Scandian6
Este trabalho tem como objetivo investigar o efeito do molibdênio, do cromo e do tempo de tratamento térmico na dureza e microestrutura de duas ligas hipoeutéticas (20%Cr-2,0%C e 20%Cr-2,0%C-9%Mo) e duas ligas hipereutéticas (32%Cr-3,2%C e 32%Cr-3,2%C-9%Mo). O tratamento térmico foi realizado na temperatura de 700ºC em seis tempos diferentes (0, ½, 1, 2, 3, 4 e 5 horas) e o resfriamento foi realizado ao ar. A microestrutura foi caracterizada por microscopia óptica e eletrônica de varredura, além de difração de raios-X. A dureza foi medida em durômetro Vickers (10 kgf). As composições contendo 32% em peso de Cr não mostraram variação de dureza com o tempo de tratamento e, como esperado, a dureza é maior para a liga com 9% de Mo. O efeito do Mo é o mesmo para as ligas com 20% de Cr, porém a dureza varia com o tempo de tratamento, apresentando uma redução a partir de 2 horas, indicando uma mudança microestrutural.
Palavras Chave tratamento térmico, ferro fundido branco alto cromo, molibdênio.
1- INTRODUÇÃO
Apesar da quantidade de cromo em muitos ferros fundidos brancos ser alta (12 a 30%), a maior parte deste elemento está combinada com o carbono formando carbonetos complexos. A quantidade de cromo remanescente na matriz é por esta razão baixa. Laird [1] mediu a quantidade de cromo na matriz encontrando, somente, 12,5% em uma liga de ferro branco 28,8% Cr – 3,2%C. Isto leva a crer que elementos adicionais de liga são necessários para alcançar suficiente temperabilidade, particularmente com seções maiores. Os elementos mais comuns são o molibdênio, níquel, manganês e cobre [2]. Para a relação Cr/C=10 a adição de Mo resulta, entre outras coisas, no aparecimento do carboneto eutético M6C