Engenharia
Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/07/2013
Atualmente, a D-Wave já vende sistemas equipados com a versão 2.0 do seu processador quântico, chamado Vesuvius, que possui 512 qubits. [Imagem: D-Wave]
Como sempre acontece, os mais puristas estão tendo que ceder às evidências experimentais.
Mais um estudo independente concluiu que o processador da D-Wave realmente opera com base em fundamentos da mecânica quântica.
Ou seja, os computadores quânticos deixaram de ser uma promessa futurística e se tornaram realidade, já podendo ser comprados no mercado.
Quando a empresa canadense lançou o D-Wave One, anunciando-o como o primeiro computador quântico a chegar ao mercado, vários físicos afirmaram que um processador quântico usando qubits codificados magneticamente em loops supercondutores estava em algum ponto numa escala que ia de uma impossibilidade a um engodo.
Quando a máquina começou a funcionar, outros mais cautelosos afirmaram que a arquitetura do processador era interessante, mas não dependia de fenômenos quânticos.
Recozimento quântico
Diferentemente dos experimentos realizados em computação quântica pelos cientistas acadêmicos, o processador da D-Wave usa uma abordagem conhecida como adiabática, explorando um mecanismo chamado termalização quântica (ou recozimento quântico, do inglês quantum annealing).
Ele foi construído com as mesmas técnicas empregadas na fabricação dos processadores eletrônicos tradicionais, mas usa bobinas de nióbio supercondutoras, em vez de semicondutores.
Chips supercondutores poderão se tornar realidade
Agora, uma equipe da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, atestou que a mecânica quântica desempenha um papel essencial no funcionamento da parte quântica do chip.
Em 2011, uma equipe da universidade canadense da Colúmbia Britânica já havia igualmente concluído que o processador quântico da D-Wave é realmente quântico.