capim elefante
Capim elefante
O capim elefante (Pennisetum purpureum) é uma gramínea que ocorre naturalmente numa extensa área da África tropical, tendo sido descoberta em 1905. Trazida ao ocidente, tornou-se conhecida pelo nome de seu descobridor, coronel Napier, embora existam outras denominações. Foi introduzido no Brasil em 1920, utilizado de forma mais ampla na década de 70, com a expansão da eletrificação rural e o aumento da disponibilidade de máquinas que fizessem o corte, inicialmente usado como capineira, na forma de silagem ou feno. A espécie é perene, apresentando plantas de crescimento cespitoso, porte elevado, colmos eretos, cilíndricos e cheios, folhas largas e compridas (30-120 cm), inflorescência primária tipo panícula e abundante lançamento de perfilhos aéreos e basais.
Além de estar presente no centro de origem, ocorre em áreas com precipitação acima de 1000 mm, apresenta elevado potencial de produção, podendo atingir até 300 t/ha/ano de matéria verde (aproximadamente 80 t de matéria seca), tem boa qualidade forrageira e boa adaptação aos diversos ecossistemas brasileiros, com exigência em solos de boa fertilidade, pois possui uma capacidade de extração de nutrientes alta.
Pode ser propagado por sementes, colmos e rizomas, sendo poucas sementes viáveis, tendo um valor cultural próximo a 30 %.
Existe crescente interesse no uso do capim-elefante em sistemas de pastejo rotativo para melhorar a produção intensiva de leite. Dois atributos morfológicos são essenciais para a definição da resposta da planta ao pastejo: a presença de meristemas intercalares, que ficam protegidos da ação do animal, e a ocorrência do meristema apical, cuja remoção induz a expansão de gemas laterais, devido à ação hormonal. O alongamento dos entrenós tende a reduzir a densidade de gemas próximas ao nível do solo, elevando a forragem propensa ao pastejo e, portanto, expondo os meristemas apicais à excisão.
Apresenta boa palatabilidade para o gado, bom