Engenharia
Andar, correr, saltar, nadar, são atos da vida diária que permitiram (e ainda permitem) a sobrevivência da humanidade. Conforme analisa Carmen Lúcia Soares, ao abrir uma Conferência no III Seminário de Educação Física Escolar na USP, em 1995, esses atos foram codificados ao longo da história do homem em universos de saber: técnico, científico e cultural. O ato de andar, correr, o salto , enfim, t, em, odas essas práticas formam um “acervo da história do homem” e, dessa forma, constituem-se em um importante objeto de ensino da Educação Física.
Na típica escola grega, o “Ginásio” funcionava como um centro de cultura física e intelectual. Franco Cambi (1999) diz que, nessa escola, os mestres ensinavam o alfabeto, a música e a ginástica. Essas eram instituições educativo-culturais que, além das aulas de gramática e retórica, ensinavam aos alunos os exercícios físicos. Os ginásios mais conhecidos eram a “academia” de Platão e o “Liceu” de Aristóteles. Também a “educação heróica” destinava-se aos adolescentes aristocráticos, que, reunidos no palácio do rei, eram treinados para o combate através de competições e jogos com disco, dardo, arco e carros, que deveriam favorecer o exercício da força, da astúcia e da inteligência. Nas atividades teatrais como nos jogos ginásticos, masculinos e femininos, inaugurados em Olímpia em 776 a.C, havia uma ligação com as festividades religiosas. Eram momentos eminentemente comunitários, que cumpriam uma função educativa no âmbito da pólis. Os jogos educavam pelo desafio de enfrentar os outros, pelo