Engenharia
Prof. Cláudio Jorge Cancado
Faculdade Pitágoras
Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais - CETEC
Certo dia, folheando um livro nos raros momentos de descanso, observei uma frase que me chamou muita atenção: “Para o homem que sabe ver não há tempo perdido: o que para os outros seria tempo ocioso, para ele é tempo de observação”.(Alfred de Vigny, 1797 – 1863). Refletindo sobre esta frase, comecei a pensar na importância do pensamento crítico na Engenharia e, especificamente, na Engenharia de Produção. Um profissional que deve comandar e ser comandado demanda certas habilidades que emergem a partir de duas situações: 1) faz parte da característica do profissional; 2) Tem sido forjada ao longo da vida do profissional. No caso específico do Engenheiro de Produção, o chão de fábrica apresenta, no dia-a-dia, situações novas e desafiadoras, permeando desde problemas relacionados ao processo de produção a problemas de cunho pessoal dos funcionários, todos eles influenciando direta ou indiretamente no resultado final esperado de um dia de trabalho. Logo, a complexidade de raciocínio e de compreensão por parte do Engenheiro de Produção deve ser estimulada e desenvolvida, tanto no âmbito do ambiente de trabalho, quanto no âmbito de sua formação acadêmica. Tenho acompanhado discussões acaloradas sobre a importância das disciplinas ligadas à área de humanidades nos cursos de Engenharia. Confesso que, em um primeiro momento, a ligação das ciências humanas com as ciências exatas me pareceu um pouco obscura. Era de se esperar! A formação tradicional do Engenheiro se reveste de pensamentos lineares e exatos, o que contrasta com a capacidade subjetiva e dedutiva das ciências humanas. Entretanto, todo engenheiro se ressente na sua vida profissional da falta de preparo ao lidar com questões relacionadas ao ser humano. Estas questões que se apresentam ligadas às questões sociais e psicológicas