A produção em larga escala motivou a implementação dos chamados processos paralelos, aqueles cujos produtos são originados de vários fluxos produtivos. Tal configuração colaborou para a elaboração de uma nova alternativa de carta de controle, os Gráficos de Controle por Grupos (GG). Proposto em 1950 por Boyd, o GG consiste na elaboração de um único gráfico para o monitoramento do nível da qualidade e outro para a variabilidade do processo. O monitoramento dos processos paralelos por meio do Gráfico de Controle tradicional de Shewhart (GCS) requer a construção de duas cartas para cada fluxo, uma para o nível da qualidade e outro para variabilidade, significando uma análise individual para cada um deles, isso se justifica por não ser recomendado misturar produtos de fluxos distintos em uma amostra. Outro fator importante na construção dos gráficos de controle é a existência de uma estrutura de dependência nos processos paralelos, representada por uma autocorrelação nas amostras ou uma correlação entre os fluxos, que pode gerar sucessivos alarmes falsos. Por esta razão, é necessário fazer um estudo da eficiência entre o GG e o GCS quanto ao desempenho em sinalizar causas especiais. Neste sentido, o objetivo deste artigo consiste em analisar o desempenho e a eficiência entre o GCS e o GG para em processos paralelos com fluxos correlacionados na ocorrência de um deslocamento conjunto na média e na variância do processo. Para a obtenção dos resultados, desenvolveu-se um algoritmo de simulação com base no método de Monte Carlo que foi implementado no software R. Resultados indicam que, quanto maior o deslocamento na média e na variância, ambas as cartas de controle têm o mesmo desempenho na detecção da perturbação, independente do nível de correlação entre fluxos. Porém, para pequenas perturbações, o GCS é mais rápido quanto à detecção do deslocamento do que o GG.
Palavras chaves: Gráficos por Grupos, Processos Paralelos, Fluxos Correlacionados