Enfoques Integrados. A Criminologia do desenvolvimento
Afirma-se que a idade é um dos fatores mais correlacionados com a prática de fatos delitivos. A evidência mais sólida na Espanha é que jovens menores de 18 anos representam entre 12% e 13% de todas as prisões por presumidos delitos. Menores e jovens parecem ser responsáveis por um número desproporcional dos delitos cometidos. A regularidade dos números ou as descobertas de outros países e épocas históricas no mesmo sentido só favorecem esta conclusão.
Conclui-se, pois, que a delinquência se encontra muito mais difundida entre os jovens que entre os adultos. Felson utiliza-se do termo “falácia do jovem inocente”.
Distribuindo graficamente os delitos de acordo com a idade do sujeito ativo, leva à construção de curva da idade, a qual começa a ascender vertiginosamente desde idades prematuras e até os vinte anos ou pouco mais no caso da Espanha. Daí em diante, a curva começa a descer de forma igualmente rápida. Com a análise da curva da idade, associada a dados agregados, pode-se incluir trajetórias muito distintas de sujeitos diferentes e a soma de todas as tendências pode ter como resultado a curva agregada da idade.
Nenhuma teoria tradicional coaduna com a curva da idade. Existe uma continuidade entre a delinquência juvenil e a adulta. Ou seja, de forma generalizada, os criminosos adultos costumavam cometer transgressões em sua juventude e o mesmo ocorre com outros comportamentos antissociais.
Após, são avaliados os estudos de carreiras criminais, ou seja, da mesma forma que a trajetória de determinado sujeito o leve a seguir de terminada carreira, o mesmo ocorre na delinquência, podendo-se falar de algo similar a uma carreira criminal.
Tais carreiras criminais podem ser distintas entre si,