Enfoque globalizador
Falta de preocupação e qualificação dos profissionais que trabalham com a iniciação esportiva do futebol prejudicam muito a modalidade no aspecto formativo
Fabricio Ravagnani
Nas décadas de 1960 e 1970, as concepções da educação física influenciavam diretamente o esporte no Brasil. Nesse período, a ênfase da Educação Física estava relacionada aos interesses militares e políticos da época (BRASIL, 1997; BRASIL, 1998; DARIDO; RANGEL, 2005; RAVAGNANI, 2010).
Na década de 1980 houve um aumento das críticas em relação ao conteúdo esportivo da Educação Física na escola, levando ao surgimento de inúmeras abordagens da Educação Física Escolar. Além disso, os profissionais envolvidos com esporte passaram a questionar o seu papel social e sua dimensão política, valorizando além da área biológica, também as dimensões sociais, psicológicas, cognitivas e afetivas do ser humano. Isso levou estes profissionais a repensarem as metodologias que estavam sendo aplicadas tanto na escola como nas escolinhas esportivas especializadas (MALDONADO, 2009).
A partir deste período, surgiram novas abordagens pedagógicas do esporte, dentre as quais podemos destacar inúmeros autores como, Bayer (1994), Bunker e Thorpe (1986), Dietrich et al., (1994), Greco (1988), Greco e Benda (1998), Graça e Oliveira (1995), Garganta (1985), Scaglia (1999), Paes (2001), Freire (2003) e outros.
As características e a metodologia utilizada por estas abordagens são apresentados no quadro a seguir.
Quadro 1: abordagens metodológicas do esporte que se destacaram no Brasil.
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Adaptado Scaglia (2009)
A análise das diferentes abordagens pedagógicas, tanto da pedagogia do esporte como da educação física, revelam que as mesmas convergem na ideia de que o conteúdo esporte não pode ser tratado de forma mecânica e simplista (RAVAGNANI, 2010).
Neste sentido, o primeiro passo para traçarmos objetivos pedagógicos da prática