Enclaves
Enclaves fortificados e segregação urbana: o caso de Jundiaí1
Jefferson Oliveira Goulart
Doutor em Ciência Política (Universidade de São Paulo)
Professor na Universidade Estadual Paulista jgoulart@faac.unesp.br Patrícia Pechini Bento
Graduação em Arquitetura (Universidade Estadual Paulista)
Arquiteta no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo paty_pechini@hotmail.com Resumo
O artigo examina a proliferação de condomínios fechados no município de Jundiaí
(SP). Os estudos sobre este fenômeno retratam predominantemente as regiões metropolitanas, daí a relevância de pesquisas sobre cidades de médio porte a fim de identificar semelhanças e diferenças entre essas diferentes escalas urbanas. O objetivo principal foi investigar o fenômeno espacializado dos condomínios fechados como tendência de padrão habitacional, assim como seus impactos sociais, urbanísticos e ambientais, adotando-se como escopo cronológico o período que se inicia a partir da década de 1970 até o presente momento.
Palavras-chaves: enclaves fortificados; segregação urbana; Jundiaí.
E
ste artigo aborda a propagação de condomínios fechados em
Jundiaí (SP). Tal escolha se justifica pela relevância do tema como tendência contemporânea de expansão urbana e por sua inclinação segregadora. Estudos disponíveis sobre esse tema retratam predominantemente capitais e regiões metropolitanas, daí o valor de análises empíricas de cidades de médio porte a fim de identificar originalidades e/ou semelhanças. O fenômeno foi examinado de forma espacializada, tanto como tendência de padrão habitacional, quanto em seus impactos sociais, urbanísticos e ambientais. Para tanto, toma-se como ponto de partida a década de 1970 e segue-se até o presente período.
Metodologicamente, procedeu-se à caracterização da expansão urbana e à catalogação dos empreendimentos imobiliários residenciais que se