Empregadas domesticas
Empregadas domésticas resquícios da escravidão?
O trabalho doméstico está fortemente ligado à escravidão, que aliada ao exercício de atividades no âmbito residencial à família ou pessoa, manifesta-se em dois sentidos distintos: um afirma que as domésticas eram valorizadas, e recebiam honras e privilégios de seus empregadores; e a outro, baseia-se na origem da escravatura, tornando hereditário o preconceito e o descaso sofrido ao longo dos tempos. Estes dois sentidos, por motivos diversos se fundem, enfatizando o preconceito da classe, por questões políticas, mediante a figura escravocrata.
A abolição da escravatura não modificou as estruturas hierárquicas imposta pela lógica escravista, na pratica o pós-abolição não trouxe rupturas significativas na vida social de um determinado grupo, as mulheres que eram escravas tornaram - se empregadas domésticas.
É imprescindível entender a construção social, histórica e cultural da categoria doméstica, para a compreensão do tratamento discriminatório dispensado a ela.
Desde a época colonial brasileira, a empregada domestica sofre com discriminação e diferença, vindo os senhores rurais e urbanos da época, deslocarem escravos das senzalas para o interior de suas residências, visando desta forma burlar as leis já inerentes as domésticas, que eram descritas nas Ordenações Manuelinas de 1512.
O trabalho escravo tem sua origem longínqua, referenciada nos textos bíblicos, mitos, tanto como na antiguidade clássica; expressando a presença de trabalhadores livres ocupados na prestação gratuita ou remunerados de serviços dessa natureza.
A prática de escravidão nos remete aos tempos de guerra, em que o grupo vencedor retinha os vencidos,