Eletroforese
As moléculas de interesse bioquímico apresentam cargas elétricas
Grande parte das pesquisas atuais em biologia estuda aspectos ligados às proteínas e aos ácidos nucléicos. Essas macromoléculas têm uma característica bastante importante: apresentam várias regiões (grupamentos) com cargas elétricas.
As proteínas apresentam tanto grupamentos com cargas positivas quanto grupamentos com cargas negativas, provenientes dos aminoácidos que as constituem. As cargas são resultado da ligação ou perda de prótons. Os prótons (H+) são íons com carga positiva. Alguns grupos são neutros e ao receberem um próton, tornam-se positivos (é o caso do grupo -NH2, que, ligando-se a prótons, é convertido a -NH3+). Outros grupos são neutros mas, ao perderem um próton, tornam-se negativos (é o caso do grupo -COOH, que se converte em -COO-). Estas perdas e adições dependem do pH do meio em que a proteína se encontra.
A somatória das cargas de todas as regiões carregadas de uma proteína confere uma carga total à proteína. Como foi assinalado, essa carga total da proteína pode variar dependendo do pH do meio.
Já os ácidos nucléicos (DNA e RNA) apresentam uma situação mais simples do que as proteínas porque só apresentam as cargas negativas dos grupos fosfato. Outra característica interessante dos ácidos nucléicos que surge de sua estrutura polimérica repetitiva é que a razão entre o número de cargas negativas e o número de átomos que compõem o ácido nucléico é praticamente constante, independentemente do tamanho ou da seqüência de nucleotídeos da molécula.
As cargas elétricas migram quando submetidas a uma diferença de potencial elétrico
Uma propriedade das cargas elétricas em solução é que quando uma diferença de potencial é aplicada à solução - ou seja, quando os pólos de uma bateria são conectados à solução – as cargas positivas são atraídas pelo pólo negativo e as cargas negativas, pelo pólo positivo, deslocando-se em direção a eles. Os ácidos nucléicos, como