eja politicas publicas
A autora do texto começa discorrendo sobre as ações tomadas após a promulgação da CRFB 1988, que visava erradicar o analfabetismo em 10 anos, sendo a principal responsável por essa tarefa à fundação Educar, que em vez de continuar seus trabalhos assim como a CNAIA (Comissão Nacional para o Ano Internacional da Alfabetização) foram desarticuladas pelo governo Collor. Governo esse que na visão da autora, foi como uma “catástrofe” para as políticas desenvolvidas em EJA, pois o governo vigente priorizava o ensino fundamental apenas para crianças, transferindo a educação de jovens e adultos para a esfera privada, com o objetivo de atender as exigências do mercado.
Em seu governo, Collor lança também o PNAC ( Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania), que na verdade não cumpria com sua finalidade que era reduzir o analfabetismo em 70%, pois as verbas repassadas pelo governo eram na maioria das vezes para empresas sem nenhum comprometimento com a área de alfabetização e educação.
Com o Impeachement do presidente Collor, o seu vice Itamar Franco assumiu a presidência e elaborou a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), num plano para a recomposição da imagem do governo, sendo o ensino fundamental em seu art. 208, inciso I obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria.
Com a mudança de governo em que assumiu o presidente Fernando Henrique Cardoso, mais uma vez a os rumos da educação no país é mudado, a LDB elaborada no governo anterior, as políticas em EJA, após a Lei Darcy Ribeiro e a implantação do Programa Alfabetização Solidária foram resumidas a cursos e exames supletivos. Sendo esse programa muito inferior e divergente do elaborado no Seminário Nacional de EJA que expressava preocupação com