A EJA no Brasil: trajetória histórica das últimas décadas
A história da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil apresenta muitas variações ao longo do tempo, demonstrando estar estritamente ligada às transformações sociais, políticas e econômicas, que caracterizam os diferentes momentos históricos do país. A realização deste estudo se baseará nas contribuições dos seguintes autores: Porcaro e Soares, que ajudaram a compreender o desenvolvimento da EJA no Brasil. Durante o Brasil Colônia, a referência à população adulta era apenas de educação para a doutrinação religiosa, abrangendo um caráter muito mais de cunho religioso do que educacional. O que se vê nessa época é a oferta de uma educação moralizadora para a classe pobre e de uma educação instrutora para as classes ricas. No Brasil Império, novas iniciativas sobre ações dirigidas à educação de adultos começam a ocorrer Durante essa época. Algumas reformas educacionais indicam a necessidade do ensino noturno para adultos analfabetos. Em 1876 cerca de 200 mil alunos frequentavam as escolas noturnas que, durante um longo tempo, ficou sendo a única modalidade de ensino voltada para adultos no país. No entanto, no início do século XX, com o desenvolvimento industrial, iniciou-se um processo de valorização da educação de adultos, de modo que a escola passou a assumir a função de educar para a aprendizagem do trabalho. Desde a Revolução de 1930, mudanças políticas e econômicas propiciaram o início da consolidação de um sistema público de educação elementar nos países e, pela primeira vez, o Estado assume seu dever com a educação de adultos. A partir de 1940, começa-se a detectar altos índices de analfabetismo no país, o que impulsionou o Governo a criar um fundo destinado à alfabetização da população adulta analfabeta. Ao mesmo tempo, surge a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), passando a ter constante orientação dos países integrantes, impulsionando-os para a