Eja - avaliação
Apesar de iniciativas que remontam à época da educação jesuítica no Brasil, é a partir da década de 30, quando começa realmente a se consolidar um sistema de educação pública no país - consequente dos processos de industrialização e concentração populacional em centros urbanos -, que ocorre a articulação da sociedade civil e do governo para extensão da educação aos adultos.
Iniciativas individuais ou de grupos isolados, juntamente com o apoio do Estado, desenvolveram diversos projetos para EJA, como a Campanha de Educação de Adultos (1947), o Plano Nacional de Alfabetização (1964), o Movimento Brasileiro de Alfabetização (1967), entre muitos outros com abrangências e metodologias diversas, cujo intuito era o de diminuir o analfabetismo do país, então entendido como causa (e não consequência) da desigualdade social e econômica vigente.
Após a redemocratização do Estado brasileiro e a chegada na década de 90, contudo, as políticas públicas para EJA não acompanharam o movimento e a estruturação das políticas de educação básica dirigida para crianças e jovens em idade escolar. Se por um lado, nos últimos 15 anos, o Brasil pode se orgulhar de várias de suas conquistas na área da educação básica - aumento progressivo dos investimentos com a criação do Fundef e depois do Fundeb, a matrícula em massa das crianças nos anos iniciais do ensino fundamental, o desenvolvimento de sistemas de avaliação próprios dos municípios e estados para apoio pedagógico etc. - por outro, ainda não se conseguiu garantir às redes um nível de qualidade que mantenha ou promova o interesse dos jovens pelos estudos e sua permanência no sistema educacional até o final do ensino médio.
A evasão e o atraso escolar são dois grandes desafios da sociedade brasileira. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, dos jovens de 15 a 17 anos de idade, apenas metade (50,9%) está na escola, 25% dos alunos do ensino fundamental II, por sua