Egresso no mercado de trabalho

REINSERÇÃO DO EGRESSO AO MERCADO DE TRABALHO
Trata-se do efeito pós-prisão: como reinserir o indivíduo no convívio em sociedade, principalmente no que tange ao mercado de trabalho, evitando dessa forma a reincidência. Remete-se aqui ao papel ressocializador da pena, às dificuldades encontradas no sistema e a real eficácia, na prática, do que é proposto pelo direito penal enquanto ciência.
É inegável a importância do trabalho para o indivíduo para se socializar primariamente, isso porque é deste trabalho que o ser humano tira seu sustento, interage com os demais integrantes da sociedade, além de agregar à sua personalidade e ao seu meio de viva a profissão com a qual se identifica. Por tudo isso, pode-se ainda afirmar que é por meio do trabalho que se aprende os valores de convivência, de conquistar seu espaço, atender suas necessidades, sem adentrar no mérito do outro ou invadir a conquista alheia, o que caracterizaria um crime. Sendo assim, a reinserção do egresso no mercado de trabalho carrega em si valoroso papel no ato de ressocialização.
Cabe então às instituições penais a aplicação de práticas que promovam o ideal ressocializador proposto. Assim, a reinserção social de um indivíduo só poderá ocorrer a partir do momento em que ele passar por este processo de ressocialização e reeducação. Passado por esse processo e uma vez posto em liberdade, caberá ao assistente social colaborar com o egresso para que obtenha um trabalho, nos termos do artigo 27 da Lei de Execução Penal.
Na prática, o que se percebe é uma falência no sistema proposto devido a fatores como o déficit expressivo de vagas nos presídios, rebeliões, fugas e altos índices de reincidência criminal. Nesse contexto, a prisão perdeu seu papel de instituição ressocializadora e promotora da reeducação dos indivíduos para tornar-se apenas um local que favorece a socialização em uma cultura carcerária, dificultando o processo fi01nal de reinserção do egresso no mercado de trabalho.
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