Edward Hopper
Hopper começou por trabalhar como designer gráfico apesar de ter continuado a pintar. Em 1925 produz “House by the Railroad”, uma obra que marca a sua maturidade artística. Trata-se do primeira de um conjunto de propostas que combinam o urbano e o rural, marcadas por linhas finas e formas largas, pintadas com uma iluminação incomum que procura captar a ideia de solidão que, como dissemos, marca toda a sua obra. Hopper trouxe para as suas telas temas característicos da vida quotidiana norte-americana tais como as estações de serviço, bombas de gasolina, os hotéis, estações e linhas de comboio ou, simplesmente, as ruas vazias.
Hopper notabilizou-se pelas suas misteriosas representações realistas da solidão na contemporaneidade e, tanto nos cenários rurais como nos urbanos, as suas recriações fiéis do quotidiano refletem a sua vida pessoal da vida moderna norte-americana. Neorrealista imaginativo, este artista retratou com subjetividade a solidão cosmopolita e a estagnação do homem, procurando, com os seus trabalhos, causar impacto psicológico no espetador. Alguns autores dizem que terá sido, inclusiva, influenciado pelos estudos psicológicos de Freud e pelas teorias de Bergson que procuravam compreender subjetivamente o homem e os seus problemas.
As paisagens urbanas de Hopper são desertas, melancólicas e iluminadas pela tal luz