LIMITES DA CIVILIZAÇÃO: O SENTIMENTO AMERICANO NAS PINTURAS DE BURCHFIELD E HOPPER
505 palavras
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Universidade Federal do Rio de JaneiroEscola de Belas Artes
João Paulo Rodrigues dos Santos
LIMITES DA CIVILIZAÇÃO: O SENTIMENTO AMERICANO
NAS PINTURAS DE BURCHFIELD E HOPPER
Trabalho apresentado à disciplina Metodologia de Pesquisa – Prof. Rogério Medeiros
Rio de Janeiro
2012
JUSTIFICATIVA
Nascido em 1882, em Nova York, Edward Hopper estudou desenho gráfico, ilustração e pintura. Para completar seus estudos, viajou à Europa, onde, no auge do cubismo e das vanguardas abstratas, buscou referências realistas. Temas como paisagens urbanas melancólicas e misteriosas estão presentes em suas pinturas e um crítico afirma que “Hopper foi um dos primeiros pintores representativos a realizar possibilidades pictóricas da cidade moderna” (GOODRICH, 1976, p.68).
11 anos depois nasce Charles Burchfield. Ainda na infância e juventude se interessou pelas artes visuais e graduou-se na Escola de Artes de Cleveland. Na década de 20 começa a pintar paisagens urbanas, tema recorrente em seu trabalho até sua morte em 1967. Através de “paisagens transcendentais, árvores com halos telecinéticos e casas mal-assombradas que emanam auras ectoplásmicas” (SALTZ, 2005, p.52), Burchfield retrata o sentimento dos americanos no começo do século XX, com a avassaladora industrialização e uma enorme crise financeira.
Charles Burchfield e Edward Hopper, dois pintores americanos da mesma época que talvez nunca tenham se encontrado pessoalmente, compartilharam muitas coisas na vida e guardam grandes semelhanças em suas pinturas, embora com métodos e resultados diferentes. Ambos foram descritos como tímidos e introspectivos, além de trabalharem com temas parecidos: a atmosfera de solidão e isolamento do interior americano. Usaram a natureza e o ambiente ao seu redor como inspiração para explicar o papel das pessoas no seu mundo: “Hopper e Burchfield encontraram sua inspiração no tédio da pequena cidade e na monotonia da grande cidade”