Edward Hopper
Nascido em uma pequena cidade de classe média banhada pelo rio Hudson, Hopper é tido como o maior pintor da vida moderna americana. Embora gostasse de pintura desde muito jovem, estudou desenho publicitário e trabalhou para publicações comerciais até os 42 anos, quando se sentiu seguro o suficiente para dedicar-se à arte em tempo integral. Nessa época chegara a um estilo bastante peculiar, ao mesmo tempo realista e simbólico. O artista, porém, modificaria pouco este estilo ao longo de sua carreira.
Viveu e produziu durante o apogeu do abstracionismo, sem nunca abandonar a tradição da pintura figurativa realista. Embora sua ascensão tenha sido lenta, a América o cobriu de honras. Hopper, porém, seria sempre um homem reservado, de hábitos simples, dedicado às viagens e à sua arte.
Encorajado pela mãe, logo começou a demonstrar seu talento para o desenho. Aos 17 anos, ingressou na Escola de Ilustração por Correspondência de Nova York; no ano seguinte, transferiu-se para a Escola de Arte de Nova York, inicialmente estudando ilustração publicitária e depois pintura.
Em 1913, conseguiu vender um quadro por 250 dólares na famosa Mostra Armory, e, em 1918, recebeu um prêmio de 300 dólares da Ma-rinha Mercante por um cartaz publicitário intitulado Destrua o Huno. Mas isso era tudo.
Neste mesmo ano, em 1913, Hopper alugou o estúdio de Washington Square North, 3, em Nova York, que ocuparia pelo resto de sua vida, alugando espaços adicionais para moradia e trabalho na medida de suas possibilidades. Nunca, porém, iria alterar o aspecto despojado e espartano do local.
O hábito da frugalidade, incutido pela educação e aprofundado pela escassez dos primeiros anos de carreira, parece nunca tê-lo abandonado, mesmo depois de se tornar um homem rico: comia nos bares e restaurantes mais pobres, vestia suas roupas até que estivessem gastas e comprava carros de segunda mão, que utilizava até se desintegrarem. Não era sovina: apenas não se importava com dinheiro.