Edward Hopper: O pintor da solidão
Edward Hopper nasceu em 22 de julho de 188, em uma cidade próxima a Nova Iorque, Nyack. Viveu até os 85 anos — faleceu em 1967 — e foi um pintor essencialmente realista e urbano na sociedade norte-americana. Este pintor que fazia um movimento contra a corrente distinguia-se principalmente pela escolha de seus temas. Seja na pintura de paisagens rurais ou de comuns cenas do cotidiano das cidades, há espaços quase esvaziadosde seres humanos, são composições de situações que demonstram os sentimentos de solidão e tristeza, quadros narrativos em que a cena é representada quase sempre imóvel, sob perspectivas que lembram muito o cinema e o teatro. Diferente de grandes nomes do realismo, a arte de Hopper não é uma tradução literal e totalmente fiel a da realidade, e sim uma interpretação do pintor. Em sua longa carreira, apenas em 1933 passou a ter sua obra descrita como “solitária”. Perguntado sobre o motivo que o levava a pintar Macomb’s Dam Bridge (figura 1), uma pintura que retrata uma parte bastante populosa de Nova York, inteiramente vazia, sem presença alguma de pessoas, ele respondeu com simplicidade que achava que aquela era sua melhor representação. As obras de Hopper permaneceram afastadas do sonho americano, da América como grande país de liberdade e prosperidade. A arquitetura de Nova Iorque e de outras cidades ganham bastante evidencia: fachadas de lojas e farmácias vazias, lanchonetes quase vazias ou postos de gasolina igualmente sem pessoas. A maioria das obras parecem trabalhar apenas com símbolos da solidão e da desesperança daquelas pessoas, tão bem caracterizadas nos romances e nas peças de teatro da época.
A maioria das figuras representadas nas obras estão sempre apáticas ou tristes, e na maioria das vezes sozinha. Quando há mais do que uma figura, fica claro que não existe uma interação. Há também uma utilização frequente de um jogo de cores, ora de tons