Educação

EDUCAÇÃO DE SURDOS NO ENSINO
REGULAR: INCLUSÃO OU SEGREGAÇÃO

Hoje em dia é muito comum assistir um programa de televisão e deparar com um quadrinho do lado esquerdo do vídeo traduzindo na Língua de Sinais o programa. Esse foi um dos grandes avanços em favor das pessoas surdas no Brasil a partir do reconhecimento da Língua de Sinais. A segregação das minorias portadoras de alguma necessidade especial no país é ainda uma realidade cruel. Muito se tem feito para diminuir os preconceitos, mas infelizmente é uma questão cultural e precisa ainda de conscientização de todas as pessoas para acabar com a discriminação e o preconceito das minorias consideradas “diferentes”, seja por raça, religião, ou por alguma deficiência. As políticas públicas têm instituído um discurso de solidariedade e de multiculturalismo nos seus documentos oficiais, mas ainda não conseguem apontar caminhos de superação dos mecanismos de exclusão existente no ensino regular. Embora façam um discurso coerente com alguns princípios da humanidade, destituiu-se das pessoas o direito de participação social em condições de igualdade. O discurso de inclusão embora seja para defender idéias de ajustamento dos diversos âmbitos de atuação social quase nada tem mudado em relação às práticas cotidianas. Os surdos embora tenham ganhado com o reconhecimento da Língua de Sinais, ela ainda está restrita aos surdos e aos interpretes, desconsiderando a relação com outras pessoas, por exemplo, o professor e dos demais colegas. Para tratar do assunto de inclusão dos surdos na escola, a instituição deve se preparar, organizando-se e considerando principalmente três critério: a interação através da língua de sinais, a valorização dos conteúdos escolares e a relação conteúdo-cultura surda. O primeiro critério, a interação através da língua de sinais é um ponto de partida para entender a importância da integração de surdos na