Educação
A “prioridade” da Educação
Em 10 anos, mais de 25 mil escolas foram fechadas
O Brasil do século 21, tem menos escolas – e com pior qualidade – do que no final d século XX: este é verdadeiro “avanço” da Educação nos últimos anos e o resultado da política de favorecimento do ensino privado
No final do século XX, o Brasil contava com mais de 220 mil escolas. No ano passado, este número cai para pouco mais de 193 mil, cerca de 27 mil escolas a menos, uma redução de cerca de 12%.
Obviamente que não se trata de que a população em idade escolar tenha diminuído na última década. Pelo contrário, com um crescimento populacional de mais de 20 milhões (2000-2010) a população em idade escolar aumentou e para atendê-la seria necessário que houvesse um incremento de cerca de 20 mil escolas. O que se deu foi, justamente, o contrário.
O resultado dessa situação é que a tão propalada “universalização” do ensino, ficou longe de ser realidade. De acordo com dados oficiais (do censo IBGE), em 2010 ainda haviam 3,3% de crianças de 6 a 14, fora da escola. Entre os jovens de 15 a 17 anos o índice dos “sem escola” alcançava a marca absurda de 16,7%, uma das mais elevadas do mundo.
Só cresceram as escolas privadas
De acordo com levantamento da Revista Educação o fechamento de escolas se dá exclusivamente na rede pública. Enquanto diminui a quantidade de escolas municipais e estaduais, cresceu a rede privada e houve um pequeno aumento de escolas federais.
No total de escolas (publicas e privadas) houve crescimento apenas nos dois estados mais ricos do País, São Paulo e Rio de Janeiro, diante da maior lucratividade do verdadeiro comércio da educação dominado pelos tubarões do ensino pago.
Ainda de acordo com tal estudo, a região mais afetada pelo fechamento de escolar foi a Nordeste, que contabilizava 95.953 escolas, em 2001, e sofreu uma redução de 21,6%, em uma década, ficando com 75.234 escolas no ano passado. Em nenhum estado do Nordeste houve crescimento no número