Educação
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Introdução O currículo é fundamental no processo de ensino e aprendizagem. Nele se apoia e dele parte todo o trabalho do professor. Para que o desempenho docente seja profícuo é necessário que o professor organize o seu trabalho, que o planeie e articule de acordo com as necessidades dos seus alunos, que o avalie e regule de forma sistemática e reflectindo nas próprias práticas. É necessário que um professor conheça o bem currículo, mas também mobilize as suas experiências a fim de coordenar todos os recursos educativos facilitadores do processo de aprendizagem. Deve, portanto, o currículo ser o guia vivo da actividade docente. E como guia vivo deve ser um projecto em constante adaptação e desenvolvimento, regularmente analisado, avaliado e corrigido tendo por fim o ideal máximo do processo de ensino – o sucesso de todos.
Currículo Os saberes antigos Partindo da história de um “Currículo dentes-de-sabre” (Benjamin, 1977) é-nos possível questionar o que vai ser aprendido, aquém vai ser ensinado, porquê, quando, como e com que meios. A sociedade vive em contexto, nesse contexto emergem necessidades específicas que caracterizam a vida dessa comunidade como as dificuldades e problemas. Compete a uma sociedade que se quer sustentável assegurar mecanismos de preparação das gerações mais novas a partir das experiências anteriores, fornecendo competências úteis e adaptáveis – pois novos problemas requerem sempre novas soluções.
Um conceito dinâmico O termo currículo, como percurso sequencial de estudo e definido como organização lógica do conhecimento, aparece pela primeira vez no século XVI no livro “Professio Regia” de 1576 do calvinista Peter Rasmus (Sousa, 2007). A busca da felicidade humana e a ruptura com a auctoritas do passado e com o dogmatismo religioso deram origem à crença absoluta na razão, na ciência e na tecnologia como solução para os problemas da humanidade (Sousa, 2007; Null, 2008). Com a chegada da revolução industrial