Inicialmente o livro traz uma reflexão bastante complexa de que nós precisamos das coisas do mundo para refletir no nosso interior. Quando olhamos para o que existe (mundo) nos damos conta do que ainda está oculto em nós, como se olhássemos com os nossos próprios olhos e não apenas com os olhos dos outros. Nesse livro, Rubem Alves propõe a questão da desaprendizagem, pois concluímos que precisamos começar a aprender com os olhos de uma criança, começar do zero. O livro de Rubem Alves tem a intenção de nos mostrar a história da Escola da Ponte, onde notamos uma realidade completamente oposta do que vivemos e vemos nas escolas do nosso país. A Escola da Ponte é um lugar “feito” pelos alunos, onde todos partilham do mesmo mundo, com diversas ideias construtivas a eles mesmos. Uma escola que definitivamente sai dos padrões que estamos acostumados, traz uma proposta para os alunos interagirem entre si de uma forma totalmente diferente do que vemos na educação que nos é proposta desde muito cedo. O autor se mostra bastante encantado com esse projeto, tido como “escola dos sonhos”, que se fosse aplicado no nosso país seria definitivamente inovador. Uma escola onde não há um programa a ser seguido, um lugar onde os pequenos e grandes partilham do mesmo momento, um ajuda o outro, até mesmo na hora de seguir as regras básicas de convivência democrática. Pensávamos ser impossível que um dia pudesse existir algo parecido com a Escola da Ponte, onde os alunos são a prioridade, todos se conhecem, os professores e alunos são amigos e exercem um trabalho em equipe, onde eles aprendem a dar a sua opinião, mas sobretudo, aceitar a opinião do outro. A Escola da Ponte exerce sua inovação em Portugal, com um objetivo principal: as crianças precisam ter prazer em aprender. As crianças precisam exercer as funções da vida na escola, para aprenderem a lidar também com os sentimentos, compreender valores e serem indivíduos diferenciados na sociedade em que vivemos hoje, sem dar a