Educação
Helena Amaral da Fontoura
Gianine Maria de Souza Pierro
Afinal, o que é Educação? E por que falamos em educação formal, informal e não-formal?
Para Anísio Teixeira: “Educação como direito de todos” (Dicionário de Educadores).
Para Paulo Freire: “Educação conscientizadora” (Dicionário de
Educadores do Brasil, 1999, p. 440).
Com certeza esta é uma pergunta diante da qual podemos formular muitas respostas, tendo como referencial vários saberes. Poderíamos pensar do ponto de vista histórico construindo uma linha do tempo e falando de como ao longo do tempo as várias civilizações exerceram seu papel frente às aprendizagens. Poderíamos também pensar do ponto de vista psicológico, nas teorias do desenvolvimento humano, das formas de inteligência e a partir de então responder o que é Educação.
No entanto, mesmo se considerássemos estas vertentes, ainda faltaria a discussão das questões sociais nas quais a Educação é forjada: as diferentes formas de organização política e social, as instituições, as culturas e modos de viver, os sonhos e desejos dos grupos e a questão de quem e como é incluído ou excluído. Essas várias dimensões nas quais se pode buscar respostas para a pergunta: ‘Afinal o que é educação?’, nos remetem à visão multidimensional do ser humano, considerando o ponto de vista de Filosofia, História, Psicologia,
Sociologia, Antropologia como saberes nos quais transitamos para pensar Educação.
Hoje percebemos que pensar Educação implica transitar pelas diferentes áreas do conhecimento. Vivemos num mundo onde os olhares e o pensamento são construídos de maneira ampla e por isso escolhemos os caminhos por onde nosso pensamento anda. Os saberes, como bem nos indica Edgar Morin (2001), quando apresenta o
Paradigma da Complexidade, devem ser concebidos nas suas relações de complementaridade, de recursividade e de antagonismo. Desta forma, não temos um única resposta, mas podemos,