Educação
2º PERÍODO DO CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA JURÍDICA
MAYKON NUNES MORAES
COMUNIDADE: a busca por segurança no mundo atual
(Zygmunt Bauman)
IMPERATRIZ - 2012
Minorias étnicas: focos de resistência
Na contemporaneidade, enquanto se observa o estilhaçamento de algumas comunidades, encontra-se pelo menos uma exceção a essa regra: as “minorias étnicas”, nestas o sentimento do pertencimento comunal permanece entre seus integrantes, entretanto, esse sentimento não é espontâneo. No capítulo 7, “Da igualdade ao multiculturalismo”, Bauman mostra que as pessoas são designadas como pertencentes a uma minoria étnica sem que lhes seja pedido consentimento, uma vez que essas minorias são determinadas por quem está do lado “de fora”, isto é, pelas “comunidades poderosas”, fortes, dominantes. As diferenças que fazem desses grupos “minorias” derivam de um contexto social que forçou a imposição desses limites. Segundo o autor o fortalecimento do fenômeno das “minorias étnicas” é atribuido à passagem do período moderno de construção da nação para o estágio pós-estado-nação. Na Modernidade, para que se moldasse uma unidade, era preciso que a nacionalidade compartilhada abarcasse todo o Estado e legitimasse a união do território. Para tanto, a identidade nacional era construída por meio de uma narrativa histórica, e a prática da construção da nação tinha duas faces: a nacionalista (avessa às comunidades étnicas ou locais que impedissem a homogeneidade nacional, muitas vezes até de forma belicista) e a liberal (a favor do individualismo, ou seja, a favor da liberdade total de escolha e, por isso mesmo, também contrária às comunidades que pudessem cercear essa liberdade). Ambas as facetas do Estado-Nação, portanto, tendiam a aniquilar a comunidade, à qual cabia ser assimilada pela nação, privando os “outros” de sua alteridade; ou perecer. Entretanto, na