Educação e poder
Dermeval Saviani expõe em seu livro "Escola e Democracia", sobre as teorias da Educação, em diversos contextos e momentos históricos brasileiros. Pela análise, o autor destaca os problemas e prerrogativas¹ das diversas vertentes² das teorias educacionais: as não-críticas; as crítico-reprodutivistas além da Teoria da Curvatura de Vara de Lênin. Aponta-se para uma reflexão crítica e contextualizada sobre política, democracia e sociedade; que se faz presente e necessária no âmbito³ da Educação e na formação de homens e mulheres críticos, conscientes e participantes de seus tempos históricos e espaços sociais. Estes conhecimentos são uma tentativa de esclarecimento da situação da Educação, senão ao menos uma melhor compreensão de sua relação com os diferentes aspectos da sociedade, da história e dos momentos políticos. Na verdade essas teorias reproduzem o modelo capitalista vigente (são citados na obra os sistemas de ensino como violência simbólica; a teoria da escola como aparelho ideológico do Estado ou da classe dominante; e a teoria da escola dualista).
Saviani faz referência à Teoria da Curvatura da Vara, fazendo alusão à política interna da escola a partir de três teses, sendo as todas as teses políticas. A educação que deveria ser o instrumento para as escolhas do homem livre, democrático, cidadão e autônomo acaba, então se tornando mais uma ferramenta de manipulação e de homogeneização do pensamento crítico da sociedade. Ela legitima as diferenças sociais e marginaliza, ao invés de tencionar a luta contra a ideologia das classes dominantes, e dos direitos dos seres humanos: o conhecimento, que deve ser universal e possibilitado a todos.
O autor termina o livro e conclui retificando a relação entre a educação e a sociedade, bem como a responsabilidade dos professores em transformar, não o mundo, mas sim cada indivíduo que assiste sua aula, compreendendo melhor o mundo e seus acontecimentos, assim como