Educação e Límites

http://www.youtube.com/watch?v=EKyewN_kNxU
Palestrantes: Ivan Capellato (Psicoperapeuta) e Joel Birman (Psicanalista)
Tema: “Educação e Limites”.
Programa: Café Filosófico
Resenha

Os palestrantes Capellato e Birman apresentam suas reflexões sobre a educação a partir do atual modelo de família, o que nos ajudará a compreender melhor o que é educar um filho no século XXI.
Antes, tínhamos a família centrada no pai, era uma família patriarcal, onde o pai exercia a autoridade sobre a esposa, e sobre os filhos, com o movimento feminista a mulher ganhou liberdade, liberdade esta que agora ela tem o direito de escolha. Escolhe se quer ter filhos, se quer trabalhar fora, ou se quer permanecer casada.
Com esta nova forma de organização familiar, cabe à pergunta – quem é a autoridade? Será o pai, a mãe, o padrasto, a madrasta, o avô, a avó? Essa indecisão provoca na criança uma espécie de diminuição de autoridade. Não há uma decisão quem irá ajudar na formação do superego da criança e jogam esta responsabilidade para a escola.
Diante disto há um confronto entre a escola e a família. A família quer que a escola fique com a socialização total das crianças, sendo que a escola não está preparada para a socialização primária e sim a secundária. A socialização primária é responsável pelo comportamento em sociedade, já a secundária é responsável pela convivência em grupo.
Até os anos 70, as duas instituições – família e escola eram bem separadas, cada uma com o seu papel bem definido na formação do indivíduo.
Pais que trabalham o dia todo podem reverter à situação de ausência deixando um espaço à noite para está com o filho, ajudando-o na tarefa da escola, por exemplo. Este momento suprirá todas as ausências, mas quando os pais não fazem isso, leva a uma espécie de esvaziamento da responsabilidade. A responsabilidade passa para a escola, para o terapeuta, para o médico.
Ao levar a criança mais cedo à escola provoca uma precariedade dos processos de investimento