trabalho decada de 70
Nos países em desenvolvimento as dificuldades eram ainda maiores, já que também eram bastante dependentes da importação de petróleo. Não bastassem as dificuldades advindas do choque de preços da commoditie, os países do terceiro mundo ainda sofriam com as dificuldades de obter receitas de exportação, pois os países desenvolvidos, que eram tradicionalmente seus mercados consumidores, encontravam-se em um período de recessão. O déficit em transações correntes dos países subdesenvolvidos passou de US$ 11,5 bilhões em 1973, para US$ 31 bilhões em 1974 e US$ 37 bilhões em 1975 (VELLOSO, 1986).
Diante do novo cenário internacional, mostrava-se claro que os países precisariam traçar novas estratégias a fim de atravessar, sem graves sequelas, aquele período conturbado, caracterizado pelo choque dos preços do petróleo.
As possibilidades diante do quadro são complexas, e, portanto, em uma tentativa de simplificar a análise, dividir-se-á em apenas duas as estratégias viáveis, aceitando que as demais opções venham a ser subdivisões destas. A fim de atingir o equilíbrio na conta-corrente do balanço de pagamentos, os países poderiam optar basicamente por dois caminhos: A estratégia de “ajustamento” ou a estratégia de “financiamento” (CASTRO; SOUZA, 2004) 2.
O “ajustamento”, também conhecido como ajuste conjuntural, tem como objetivo obter o equilíbrio da conta-corrente do balanço de pagamentos através da adoção de políticas econômicas contracionistas, que lograriam reduzir a demanda agregada e, conseqüentemente, o nível de importações da economia.
Sabe-se que o nível de importações de um país é positivamente relacionado com o nível interno de renda desta economia. Desta forma a queda no nível de renda tem como conseqüência uma redução na demanda por importações e, assim, o desequilíbrio na conta-corrente seria superado mediante a adoção de políticas econômicas recessivas.
O “financiamento”, ou ajuste estrutural da economia, é uma opção que visa a