Possibilidade e limites da educação
A ação humana é uma práxis, ou seja, supõe a relação dialética entre teoria e prática.
No século XX, a expansão do ensino tornou muito clara à oposição entre duas escolas, aquela destinada à elite e a outra ao proletariado. Essa situação só poderá se conter se for evitado que as decisões sejam tomadas “de cima para baixo”, sem a prévia discussão com os envolvidos no processo.
As reformas educacionais realizadas no Brasil são carregadas de vícios que impossibilitam a execução dos projetos; desse modo, somos influenciados por modelos estrangeiros inadequados para a resolução de nosso problema.
O principal fator que fez com que a escola continuasse dualista decorre do fato de a legislação sempre se espelhar aos interesses das classes representadas no poder.
Além disso, esses estado de coisas penaliza mais uma vez os alunos vindos das classes desfavorecidas, uma vez que os jovens bem preparados pela escola particular ocupam as vagas das melhores universidades, quase sempre, as públicas. Originam-se então inúmeras faculdades, oferecendo cursos de baixo nível. Para elas se encaminham os que foram barrados nas principais universidades, consequentemente inflacionando o mercado com diplomas sem categoria.
Segundo os teóricos crítico-reprodutistas, é preciso compreender a educação dentro de um contexto maior, afim de desenvolver nos alunos a capacidade de questionamento e desencadear a desmistificação da cultura onde a mistificação existe.
De fato, os alunos que cursaram uma escola melhor, no caso as particulares, possam obter um sucesso maior nas universidades públicas. Entretanto, não é porque estes passam nas públicas que as particulares se destinam àqueles que não tiveram oportunidade de se educar numa escola particular. Como pode-se notar, a PUC é particular e é uma das melhores faculdades desde país, e seu critério de avaliação é rigoroso e se afunila numa busca constante de alunos cada vez mais qualificados