Educação e ludicidade
1. A ludicidade está presente em toda a nossa vida, é uma realidade incontestável. Mas sabemos também que a criança não transita livremente na múltipla riqueza do brincar. Essa interdição não representa uma atitude ingênua por parte dos adultos, e sim, o reflexo de uma cultura repressora, dominadora e discriminativa. A conseqüência disto é que, ao limitarmos a criança na sua vida lúdica, limitamos também suas possibilidades de sonhar e dominar a realidade externa. (Valor = 4)
A) Exemplifique (e comente) duas expressões lúdicas marcantes na construção de nossas identidades.
As vivências lúdicas contribuem de forma significativa na construção da identidade e autonomia do indivíduo.
Na trajetória do lúdico merece destaque as cantigas e brincadeiras de roda. Em geral, impregnadas de estereótipos de gênero, ditam, principalmente padrões historicamente esperados das mulheres: caladas, de corpo bem feito e dotadas das chamadas prendas domésticas.
As músicas mais cantadas antigamente geralmente falavam da beleza das mulheres, do desejo que o homem tinha em tê-la para si, do namoro, da espera por um príncipe encantado, das obrigações domésticas das mulheres, também em alguns casos serviam de repressão e medo, como algumas cantigas de dormir, como “boi da cara preta”, e também como expressão da cultura e folclore local. Na infância de hoje as cantigas e brincadeiras de roda quase não são lembradas, ou quando são perderam em boa parte sua configuração. Porém, em muitas escolas e educadores preocupados com a extinção das brincadeiras e cantigas, desenvolvem projetos para resgatar a tradição das cantigas e brincadeiras de roda que nossos pais e avós utilizavam em sua época, temos como bom exemplo o Projeto cantigas de Roda, Sons da Infância e o Projeto Cirandando Brasil de Nairzinha.
Os jogos constituem outra expressão lúdica marcante na construção de nossas identidades, jogar significa ganho e desenvolvimento e a criança que cresce sem