Educação e diversidade
ETAPA 3 (PASSO1) Gênero e sua influência no desempenho escolar dos alunos.
Segundo Marília Pinto Carvalho(faculdade de Educação da USP),no início da década de 2000, das principais tendências já verificadas: a presença majoritária de mulheres entre os docentes no ensino básico; diferenças nos níveis de letramento favoráveis às mulheres, acentuadas nas faixas etárias mais jovens e entre aquelas inseridas no mercado de trabalho; fluxos escolares mais lineares entre as alunas em todos os níveis de ensino; uma diferença de desempenho pequena, mas crescente ao longo da escolarização, favorável às meninas em português e aos meninos em matemática. Existem estudos que se destacam por articularem as categorias sexo, raça, idade e tipos de trabalho, mostrando diferenças no interior do grupo “mulheres” e contradições entre seus resultados no desempenho escolar e inserção no mercado de trabalho. Cabe discutir tanto se as condições sócio-econômicas dos alunos, tratadas da mesma forma, são pressupostos inalteráveis, quanto se políticas voltadas para a igualdade de gênero não poderiam interferir nas diferenças observadas entre os sexos. No Brasil, pertencer ao gênero feminino aumenta as chances da pessoa ir para a escola e nela permanecer por mais tempo. Conclui que “as mulheres necessitam, mais que os homens, de capital cultural para garantir sua posição de classe”; e que o sucesso escolar das moças pode estar contribuindo para mudanças sociais na direção de maior igualdade de direitos. Alguns pontos do texto mostra que o melhor desempenho escolar das moças é atribuído a uma “cultura feminina” mais adaptada às exigências escolares de submissão e obediência, porém inadequada à necessidade de competição e autonomia encontrada no mercado de trabalho, mas busca, principalmente, uma explicação para o sucesso escolar feminino baseada em seu próprio esforço, percebido como conquista e mecanismo de