Educação. Um problema da família ou responsabilidade da escola?
Um problema da família ou responsabilidade da escola?
Vivemos sob o maldito signo da violência. Já não há mais lugar seguro, que nos dê a sensação de que não seremos molestados, seja numa grande cidade ou num pequeno povoado. A violência, principalmente juvenil, nos atinge e nos deixa assustados.
Nas estatísticas sempre aparecem, em destaque, jovens de 15 a 24 anos, como autores ou vítimas da violência, e aí todos sabem quais são as conseqüências de quem pratica a violência ou de quem a sofre. Os primeiros, com perdas do jovem para o tráfico de drogas ou do crime organizado, que normalmente acabam na prisão ou mortos. Os demais, pela perda de entes queridos, assassinados em assaltos e pelo trauma de ter sofrido um seqüestro ou qualquer outro ato violento. A sensação de quem já passou por isso é horrível. Tem-se a impressão de que aquela cena vai se repetir sempre...
Evidente que a violência juvenil existe pela impunidade. Isto é a resposta mais simples e mais direta, como se a punição pura e simples fosse resolver o problema. No entanto, ela faz parte de qualquer processo social. Quem erra tem de pagar pelo erro. É o efeito, sem considerar a causa.
Pois bem. O que fazer diante de um modelo que não funciona? Se punir, prender não está sendo suficiente, como efeito, evidente que se faz necessário atacar as causas, a fim de evitar-se esse mesmo efeito.
E todo mundo está cansado de saber que as causas são velhas conhecidas de todos, como a pobreza crônica, a má distribuição de renda, a falta de educação, de moradia digna, de qualificação profissional, falta de emprego e de ocupação e o mal pagamento de quem trabalha; falta de saneamento básico, de atendimento à saúde e acima de tudo, falta de planejamento familiar, de controle de natalidade, tudo isso abençoado por falsos conceitos religiosos, resultando no caldo de mazelas que banha nossa sociedade.
Diante