Educação Pós Modernidade
Lingard e outros (1998, p.85), discutindo, por exemplo, a pesquisa em avaliação educacional, argumentam que os novos tempos demandam uma reconceitualização dos efeitos, produtos e funções da escolarização, lembrando que mesmo esses termos são artefatos de uma era industrial. Afirmam que, para compreender a significação sociopolítica da escola e mudar a redundância das pesquisas sobre a sua eficiência, a própria pesquisa educacional precisa ser reconectada à real função da escola na produção de igualdades/desigualdades em vários contextos, pondo-se em questão o “valor” dos indicadores tradicionais, problematizando-os em cortes sociodemográficos e culturais.
Portanto, os questionamentos pós-modernos, levados à esfera das teorias e práticas da educação, vão significar uma implosão de sua visão e metodologias. Embora tomando-se certos cuidados para, por exemplo, não cair no relativismo (18) e desencanto que se desprendem de alguns dos enfoques do pós-modernismo, desde já se pode indicar como um dos seus aspectos positivos o colocar em questão a capacidade de manipulação e moldagem das consciências que os estudos fundadores da Sociologia da Educação apontam como contribuição da escola. O desafio que impõe a teorização pós-moderna para a escola é o de buscar saídas que dêem conta da formação do homem neste final de século. Por contraditório que seja, um elemento de transformação se cola também ao discurso educativo, o que para alguns ensejaria a aproximação da teoria crítica, em sua busca de respostas para a questão da