Educação profissionalizante no contexto atual: um novo despertar para a cidadania
UM NOVO DESPERTAR PARA A CIDADANIA
A escolarização da educação no contexto brasileiro trouxe uma fragmentação entre trabalho e ensino. A educação que antes se processava como o próprio trabalho, agora assume um caráter de dualidade. Talvez o gargalo da educação profissional esteja justamente nessa falta de direcionamento: formação humana ou profissionalizante, ou as duas vertentes ao mesmo tempo?
Essa dicotomia entre escolas de formação geral (futuros dirigentes) e escolas profissionalizantes (trabalhadores) que se apodera da educação desde o período colonial sendo reforçado pelo capitalismo, fragiliza o ensino profissional que fica alheio às transformações,. Alheio no sentido de se tornar instrumento viabilizador das demandas dos novos modelos vigentes de produção e da evolução tecnológica e não da sociedade Nessa lógica, o conhecimento passa a ser privilégio de um número restrito de pessoas com qualificações essenciais, a outra minoria tende a se desqualificar pela alienação embutida no próprio sistema e o trabalho deixa de ser uma relação social, uma troca de conhecimento para dar lugar à competitividade e a exploração selvagem.
Quando situado nesse contexto, o ensino profissionalizante dificilmente poderá proporcionar a formação de indivíduos politizados e com autonomia para se desvencilhar das amarras do capitalismo. Outros apontamento indicam que o maior desafio esta no fato de atender as demandas do capitalismo e das transformações tecnológicas, sem tornar a EPT refém do mercado e do neoliberalismo.
Trabalhar uma educação para além do capital em um país com grandes potencialidades de desenvolvimento econômico é sem dúvida uma tarefa que precisa ser abraçada.
Assim, a trajetória a ser reconstruída pela Educação Profissional de jovens e adultos para novamente justapor a ordem escola e trabalho, ou melhor, para se fazer compreender que trabalho é educação, deve estar centrada em um currículo que considere