Educação profissional no brasil – uma história recente.
Para situar o Tema do Ensino Profissional no Brasil, inicio com esta breve retomada histórica, tomando como ponto de partida os primórdios da industrialização e a gradativa substituição das bases agrícola e mercantil pela Indústria, que demanda o aprendizado de ofícios e força de trabalho especializada. Há que se considerar que somente no inicio do XIX, com a vinda da Família Real, que apareceram os primeiros sinais de produção industrial, com o livre estabelecimento de fábricas e manufaturas, e a criação de instituições como a Imprensa Régia, o Banco do Brasil, a Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, a Real Junta da Fazenda (que agenciava a vinda mão-de-obra estrangeira já qualificada), e a fundação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios em 1816, para incrementar o ensino das ciências, da economia e da técnica, destinada aos filhos dos pobres, no intuito de torná-los artífices úteis ao mercado de trabalho.
Depois da Independência foi fundada a Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional (SAIN), em 1827, para promover o melhoramento e a prosperidade da indústria no Brasil. A SIAN propunha a transposição do modelo europeu de industrialização, substituindo o trabalho escravo pelo assalariado. Quanto ao ensino profissionalizante, em 1874 foi fundada a primeira Escola Politécnica de Engenharia Civil no RJ (para substituir a Escola Central do Rio de Janeiro, voltada para as atividades militares). Mas o precursor mesmo foi o Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, de 1858, criado pela Sociedade Propagadora das Belas Artes para a população economicamente desfavorecida.
Mas foi apenas após a Proclamação da República que se deu uma expansão do ensino superior, com a criação de 27 escolas superiores. Logo em seguida, no início do século XX, o ensino profissional passou a ser responsabilidade do Ministério da Agricultura, da Indústria e do Comércio (criado no mandato do Presidente