Educação para Karl Marx

Para Marx a educação é um mecanismo que conforme seu conteúdo de classes pode ser utilizado para oprimir ou para emancipar. Ou seja, ele a dividia em duas formas: a educação que aliena a sociedade, que é aquela que faz com que os indivíduos pensem que está agindo com autonomia, porem, verdadeiramente está reproduzindo o que a burguesia impõe de maneira sutil; e a outra forma de educação é a emancipatória, que permite ao indivíduo um desprendimento do mundo material e consente a conciliação entre o trabalho manual e o intelectual, ambas as partes são de grande importância para Marx, pois para ele um homem só é completo quando houver uma divisão do trabalho manual com o trabalho intelectual e com o lazer. Todavia, em sua época, isso seria muito difícil de acontecer, pois, o que se costumava acontecer era uma exploração infantil nas fabricas industriais e só, nada de investimentos em educação, pois na visão capitalista, os operários só deveriam trabalhar manualmente, não mentalmente.
Através de uma investigação da situação educacional dos filhos dos operários do nascente sistema fabril, identificou na educação uma das mais importantes formas de perpetuação da exploração de uma classe sobre a outra, utilizada pelo capitalista para disseminar a ideologia dominante, para inculcar no trabalhador o modo burguês de ver o mundo.
A educação para Marx era uma parte de sua utopia revolucionária, e via ela como uma arma valiosa a ser empregada em favor da emancipação do ser humano, de sua libertação da exploração e do julgo do capital.
No período de afirmação do capitalismo, Marx passou a notar que a lei inglesa anterior a de 1844, permitia a contratação de crianças para trabalhar em fabricas com a condição de que os patrões apresentassem um atestado de que as crianças frequentavam escolas, porém, qualquer um que tivesse uma casa e alegasse ser ali uma escola poderia fornecer os “atestados de frequência às aulas”. Sem falar que o tipo de educação dada era tão precário que só